[Resenha] O Portador da Espada


Quem me acompanha aqui há mais tempo já deve ter reparado no quanto sou apaixonada pelos livros da Cassandra Clare. Já li praticamente todos os livros do universo dos Caçados de Sombras e confesso que não tenho a menor intenção de parar de acompanhar as publicações da autora. Então, quando ela anunciou uma nova série, sua primeira fantasia adulta, é óbvio que fiquei extremamente ansiosa para ler.

O portador da espada é o primeiro volume dessa nova série e foi publicado no final do ano passado pela Galera Record. E, desde que essa edição belíssima chegou aqui, eu já estava ansiosa para ler e vir comentar com vocês.

Pois eu terminei a leitura esse mês e agora chegou o meu momento de contar aqui as minhas impressões. Será que minhas altas expectativas foram atendidas?


Autora: Cassandra Clare

Tradução: Karine Ribeiro

Editora: Galera Record

Páginas: 724

Onde comprar: Amazon

Exemplar recebido de parceria com a editora

Sinopse: “Os planos do orfão Kellian para o futuro sempre foram simples: se tornar um marinheiro, ou, quem sabe, se nada mais desse certo, ser um larápio das ruas de Castellane. A única coisa que Kel não esperava era ser levado do orfanato para o palácio, onde, aos dez anos, recebeu uma oferta de trabalho única: se tornar o Portador da Espada de Conor Aurelian, o Príncipe Herdeiro. Criado com o príncipe, Kel cresceu em meio ao luxo e à pompa, sendo treinado tanto para o combate de espadas quanto para as artimanhas políticas da corte. O preço de ser o dublê de corpo de Conor é ficar para sempre vinculado à alguém que ama como a um irmão — mas sem nunca ter a própria individualidade. A médica Lin Caster faz parte da comunidade Ashkar, um pequeno grupo que possui habilidades e conhecimentos mágicos mesmo depois da Ruptura, acontecimento que extirpou toda a magia do mundo. Apesar das restrições impostas ao seu povo, Lin ultrapassa as barreiras para cuidar dos doentes do reino. Quando uma tentativa de assassinar o príncipe é frustrada pelo Portador da Espada, Kel e Lin se aproximam e se veem diante da trama ardilosa do misterioso Rei dos Ladrões, o criminoso que comanda o submundo de Castellane e oferece aos dois aquilo o que mais desejam. No entanto, nesse mundo de sombras e intrigas, eles descobrem uma conspiração que vai das sarjetas até o mais alto escalão da nobreza decadente. Quando segredos guardados há muito tempo ameaçam vir à tona, Kel e Lin se perguntam: vale a pena pagar o preço da traição para obter conhecimento mágico? Um amor proibido pode ser a ruína de um reino? Será que as revelações podem levar guerra a Castellane — e caos ao mundo?”

 

Em O portador da espada, Cassandra Clare leva o leitor a um novo mundo para acompanhar a jornada de três personagens. O órfão Kellian sempre imaginou um futuro simples para si mesmo, mas tudo mudou quando ele foi levado ao palácio para se tornar o Portador da Espada de Conor Aurelian, o príncipe herdeiro. A partir daí, ele foi criado junto ao príncipe, tendo acesso quase aos mesmos luxos e sendo treinado para ser o dublê de Conor.

Enquanto isso, fora da vida do palácio, acompanhamos Lin Caster. Ela é uma jovem da comunidade Ashkar, um grupo de pessoas que são os únicos que ainda possuem magia. Lin é uma médica, que precisa enfrentar não apenas as barreiras do mundo fora da comunidade, mas também o preconceito da sua própria comunidade.

Os dois levavam vidas completamente diferentes, mas um atentado fracassado ao príncipe Conor e um contato inesperado do misterioso Rei dos Ladrões, faz com que o caminho deles se encontre. Kell, Lin e Conor se verão envolvidos em conflitos e intrigas, e as decisões de cada um deles poderá influenciar diretamente no destino do reino.





Que delícia acompanhar um mundo completamente novo da Cassandra Clare. Apesar de ser apaixonada pelo universo dos Caçadores de Sombras, foi bom ver a capacidade da autora de construir algo novo, bem diferente do que ela já tinha feito anteriormente, e ainda assim muito interessante.

Em O Portador da Espada, a Cassie traz para o leitor uma fantasia adulta e muito mais focada na fantasia. Nesse primeiro livro, ela demonstrou muito cuidado ao desenvolver bem esse universo, desde sua ambientação até os conflitos que permeiam a trama. Tudo é descrito de forma a deixar claro para quem lê os detalhes do ambiente, as diferenças entre cada núcleo e o funcionamento daquele mundo.

Confesso que esse foi o aspecto que mais me conquistou na história: a forma como a Cassandra Clare descreve esse mundo e os elementos presentes nele me deixaram envolvida desde o início e ansiosa por descobrir cada vez mais. No entanto, não foi apenas isso. Os personagens também tiveram papel fundamental na leitura, especialmente a Lin.

Ao longo do livro, temos três pontos de vista diferentes – do Kell, do Conor e da Lin – e foi interessante acompanhar cada um deles. Senti que o do Kell é o que fornece uma visão mais clara de como aquele universo funciona e quais os conflitos políticos presentes ali. Já a Lin é a que tem o arco que achei mais interessante. Ela está em uma posição muito difícil por fazer parte de uma comunidade isolada do resto do reino e, ao mesmo tempo, ser mal vista dentro do seu próprio povo. Isso já me fez ter uma simpatia instantânea por ela. Mas, mais do que isso, é uma personagem forte, que se posiciona com muita convicção e apresenta críticas muito pertinentes ao funcionamento daquela sociedade.

Já o Conor é o personagem que menos gostei dos três, mas o que não significa que não foi importante. Pelo contrário, ele tem um peso enorme para o arco do Kell e da trama como um todo. Através dele, dá para conhecer melhor a corte e as manipulações presentes ali, e ele funciona como uma ponte para apresentar os personagens secundários que claramente serão relevantes no decorrer da história. Nesse primeiro momento, acho que Conor é o elo mais fraco da corrente, mas ainda quero ver como vai ser a evolução desse personagem nos próximos livros.

E vocês devem ter reparado que não falei nada sobre romance né? Isso porque, para minha alegria, esse é um aspecto praticamente inexistente nesse primeiro volume. Temos alguns indícios de possíveis casais, mas tudo muito sutil e sem tirar o foco. Acredito que essa parte deve ganhar mais espaço no próximo volume, mas que não vai se tornar central. Para mim, se a Cassie conseguir manter esse equilíbrio vai ficar ótimo, porque eu realmente ando querendo séries que foquem na fantasia e deixem o romance um pouco de lado.

De um modo geral, a leitura funcionou muito bem para mim e entregou o que eu esperava de um livro de introdução. Porém, é preciso destacar que O portador da espada não tem grandes acontecimentos e surpresas. Sei que muitas pessoas se incomodaram com isso e entendo totalmente a reclamação, pois o livro realmente poderia ser menor. No entanto, a escrita da autora é tão envolvente e fiquei tão interessada no universo e nos personagens que isso não foi um problema para mim.

O Portador da Espada foi um início de série que cumpriu bem seu propósito e me conquistou. O universo rico, as intrigas políticas e os conflitos internos dos personagens, especialmente do Kell e da Lin, me mantiveram presa da primeira à última página. Terminei muito feliz por ver a Cassandra Clare se aventurando em algo diferente do que ela fez até então e muito animada para descobrir o que ela preparou a seguir. Sem dúvida, é mais um série dela que irei acompanhar ansiosamente.

E vocês, já conheciam O Portador da Espada? Já leram outros livros da Cassandra Clare? Me contem aí nos comentários.


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Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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