[Para assistir] Daisy Jones and The Six

 

Daisy Jones and The Six, a adaptação mais aguardada do ano por mim, finalmente está completa no Prime Video. Os dois últimos episódios foram liberados ontem e é óbvio que eu corri para assistir.

Para quem não sabe, Daisy Jones and The Six é um dos meus livros favoritos da vida (confira a resenha aqui) e eu tenho um apego muito grande à história que a Taylor Jenkins Reid criou. Então, eu estava muito ansiosa para ver como o roteiro traria a obra para as telas e poder acompanhar esses personagens ganhando vida. E também poder ouvir as músicas, claro. Sonho com isso desde que li pela primeira vez.

Então, já deu para vocês perceberem a minha ansiedade e imaginarem o quanto as minhas expectativas eram altas né? E agora chegou meu momento de contar o que achei.

 

Aviso: esse post NÃO tem spoilers sobre a série ou sobre o livro. 

A primeira coisa que é preciso ter em mente é que uma adaptação nunca vai ser igual ao livro. Além do formato de contar a história ser diferente, qualquer adaptação precisa levar em consideração uma série de fatores diferentes também. Eu sempre tenho isso na cabeça quando vou ler uma série e, para mim, uma boa adaptação não tem que seguir o livro à risca. Precisa mesmo é manter a essência da história e dos personagens, além das mensagens que o livro passa.

Por esse motivo, eu considero Daisy Jones and The Six uma adaptação extremamente competente. Tem mudanças em relação ao material original? Sim, muitas. Mas não só a maioria delas funciona muito bem na série, como elas não comprometeram em nada a história. A sensação que tive é que o roteiro pega caminhos diferentes para contar a história – levando em consideração questões como limitação de tempo e a necessidade de cativar o público que não leu os livros – mas tendo o cuidado de manter tudo que realmente importa no livro.

Então, fiquei muito feliz em ver que a essência dos personagens e os conflitos deles tenham sido mantidos, mesmo que de forma mais suave. Além disso, é muito legal ver referências ao livro o tempo todo, desde roupas dos personagens até frases que foram marcantes de alguma forma.

E aqui preciso destacar o elenco que, para mim, foi impecável. Cada um deles entregou tudo de si e conseguiu realmente dar vida aos personagens criados pela Taylor Jenkins Reid. Eu estava preocupada com o Sam Caflin como Billy, mas ele acertou muito na construção desse protagonista tão complexo e polêmico, passando toda a humanidade dele e suas imperfeições de maneira precisa. Mas o destaque mesmo vai para Riley Keough e Camila Morrone que estão simplesmente impecáveis como Daisy e Camila, respectivamente. Elas são responsáveis pelos momentos mais impactantes da série e parecem ter nascido para viver essas duas personagens.

Outro ponto que amei foram as músicas. Eu sonhava em ouvir o álbum Aurora desde que li o livro pela primeira vez e foi uma experiência realmente maravilhosa. Eu escutei todas no dia em que foram disponibilizadas e gostei muito. E depois de ver a série, passei a gostar mais ainda. Inclusive, se vocês querem saber o que está em repeat no meu Spotify é Aurora (destaque para Honeycomb e Let me down easy).

De um modo geral, também gostei muito dos figurinos e da caracterização como um todo. As roupas estão incríveis (assim como os cenários) e eu realmente me senti levada diretamente para os anos 1970. E preciso dizer que o figurino da Daisy foi muito bem pensado e corresponde muito à descrição do livro. Minha única ressalva é para os momentos da entrevista, em que a maquiagem deixa um pouco a desejar.

Agora em relação ao roteiro, achei que os pontos negativos foram superados com folga pelos positivos, mas eles existem. Eu acho que algumas questões poderiam ter sido mais aprofundadas para trazer com mais intensidade os conflitos dos personagens, especialmente para quem não leu ainda. Além disso, senti falta de alguns diálogos que acho que teriam espaço na série.

Mas, apesar disso, acho que a maioria das escolhas da série foram muito acertadas. Alguns aspectos do livro foram suavizados, mas ficou muito claro pra mim o quanto isso era necessário. Além disso, gostei como eles usaram as mudanças para acentuar algumas características dos personagens ou reforçar uma mensagem importante do livro, quase como se a série complementasse a história original.

Por fim, preciso mencionar o quanto a série constrói cada uma das personagens femininas com muito cuidado. Daisy, Camila, Karen e Simone são personagens muito diferentes entre si, mas têm em comum o fato de serem muito reais, com medos, traumas, vícios, erros e acertos, sonhos, forças e fragilidades. E foi um alívio enorme que o cuidado do roteiro ao não colocá-las como rivas. Pelo contrário, temos muitos momentos de acolhimento e sororidade que me fizeram gostar delas ainda mais.

Então, só posso dizer que Daisy Jones and The Six me conquistou tanto como adaptação quanto como uma série por si só. É um roteiro bem encaixado, que vai ganhando intensidade a cada episódio e termina entregando toda a emoção que foi prometida. É uma adaptação fiel e que respeita muito a obra original, mas que também tem personalidade própria. Passei por uma montanha-russa de emoções, especialmente nos dois últimos episódios, mas terminei profundamente impactada e novamente apaixonada por essa história.

E vocês, já assistiram ou leram Daisy Jones and The Six? Quem já viu, me conta aí o que achou.

 

Atenção: Lembrando que a série está disponível no Prime Vídeo e é recomendada para maiores de 16 anos.