Oi, pessoal! Tudo bem com vocês? Esse
final de semana eu terminei uma leitura e senti que precisava comentar sobre
ela. Então, furei a fila das resenhas e hoje vim contar o que achei do livro O
som do nosso coração, da Emma Cooper.
Publicado no Brasil pela Editora Record,
esse livro saiu primeiro no Clube da Carina Rissi e foi muito elogiado pela autora.
E, como eu amo o trabalho dela, já fiquei curiosa para ler também. Além disso,
a premissa me deixou muito instigada e com a sensação de que encontraria um
livro encantador e sensível.
Mas gente... eu não estava prepara para
esse livro. Foi uma leitura que, por muitos motivos, me surpreendeu e não foi
exatamente o que eu eserava. Então, agora vou poder pontar um pouquinho do que
senti enquanto lia e o que achei deste. Mas, não se preocupem, que esta
resenha não terá spoilers. Quero que vocês descubram essa história por
conta própria e se surpreendam como eu.
Autora:
Emma Coooper
Editora:
Record
Tradução:
Raquel Zampil
Páginas:
406
Comprar:
Livro físico | E-book
Exemplar
recebido de parceria com a editora
Sinopse: “A vida da heroína de O som do nosso coração, Melody King, não é nada fácil. Afinal, desde que sofreu um acidente e bateu a cabeça, ela adquiriu um estranho distúrbio: ela canta quando está ansiosa. E não só canta ― alto, bem alto e às vezes errado ―, como dança, faz performances e emenda uma música na outra, com letras sempre relacionadas à situação em questão. Como se isso já não fosse ruim o bastante, Melody está constantemente ansiosa. Seu marido, Dev, desapareceu há onze anos sem deixar rastros, e ela tem dois filhos adolescentes problemáticos: Flynn ― que vive se envolvendo em brigas na escola por causa do bullying que sofre ― e a caçula Rose ― a supergênia e aluna exemplar que não consegue superar o desaparecimento do pai. Apesar da vergonha constante que sentem da mãe ― certa vez, ela cantou uma música do Arctic Monkeys na frente dos colegas de turma de Flynn! ―, eles são uma família unida e relativamente feliz, até Rose encontrar um relatório no site de pessoas desaparecidas de alguém cuja descrição bate com a do pai. Será que Dev está vivo, afinal? Ou tudo não passou de uma grande coincidência? Melody pode estar muito perto de encontrar as respostas que têm procurado nos últimos onze anos. Mas ainda que a verdade seja libertadora, também pode destruir tudo o que ela construiu. Será que Melody está pronta para isso?”
Em O som do coração, vamos acompanhar a trajetória
de Melody King, cuja vida tem andado para lá de complicada. Após sofrer uma
queda e bater a cabeça, ela desenvolveu um disturbio psicológico que fazia com
que ela começasse a cantar sempre que estivesse em uma situação de estresse.
Mas, Melody não apenas canta. Ela faz verdadeiras performances cantando alto (e
mal), dançando e atraindo a atenção de todos que estão perto.
Mas isso não é tudo! Esses momentos em que
ela não se controla e começa a cantar estão ficando cada vez mais frequentes,
afinal, o que não falta é estresse em sua vida. O marido de Melody está
desaparecido há 11 anos e ela já perdeu as esperanças de encontrá-lo. E os dois
filhos do casal têm se mostrado cada vez mais problemáticos.
Flynn, o filho mais velho, ficou com o
rosto deformado e cego de um olho após um acidente de carro quando ele era bem
pequeno. A sua aparência parece não incomodá-lo mais, mas ele tem dificuldade
de socialização e vive se envolvendo em brigas. Já Rose não teve nenhuma
sequela no acidente, mas ainda não superou o desaparecimento do pai.
Porém, a vida desta família será novamente
abalada quando Rose encontra no site de pessoas desaparecidas um relatório
sobre um homem cuja descrição bate perfeitamente com a do seu pai. Agora,
Melody precisará descobrir se esse homem é realmente seu marido e se ele tem as
respostas para todas as dúvidas que pairaram sob sua família todos esses anos.
Eu não sei nem por onde começar a explicar
o que senti lendo esse livro. Foi um misto de emoções e confesso que não esperava
por isso. Confesso que, pela capa e sinopse, eu estava pronta para uma leitura mais
leve, mesmo que tocante. Tive até um pouco de receio que a autora abordasse de
uma forma mais cômica o problema da Melody. Mas me surpreendi e encontrei uma
trama muito mais madura, profunda e tocante do que eu imagivana.
A construção dos personagens foi muito bem
feita pela autora e não demorou para que eu entendesse a gravidade de tudo que
viviam. A situação da Melody foi, sem dúvida, a que mais me angustiou. Todas as
situações constrangedoras que ela viveu me deixaram com o coração partido por
ela. Algumas das situações em que começa a cantar totalmente sem controle foram
realmente vergonhosas e me trouxeram uma enorme sensação de impotência por não
poder fazer nada para ajudar.
Além disso, Melody ainda lida com a
responsabilidade de cuidar dos filhos adolescentes e com a culpa por também
envovê-los em situações constrangedoras. Foi impossível não simpatizar com essa
mulher que, apesar de sofrer tudo, ainda dava tudo de si para ser uma boa mãe e
fazer o melhor para os seus filhos. E, nos momentos em que ela se culpava, eu
só queria entrar no livro para poder abraçá-la.
E com relação ao Flynn e a Rose também não
foi difícil me apegar e entender tudo que enfrentavam. Ambos ficaram sem o pai
de uma hora para a outra e sem nenhuma explicação e não tinham ninguém para
cuidar deles e da mãe. Além disso, eram diretamente afetados pelos momentos
constrangedores que Melody passava, que faziam com que sua família se tornasse
alvo de piadas cruéis na escola. E os dois ainda tinham seus próprios problemas
para lidar.
Flynn ficou com muitas cicatrizes do acidente
que sofreu ainda criança e era sempre alvo de olhares e comentários. Para
qualquer pessoa isso já seria difícil, para um adolescente pode ser pior ainda.
Além disso, ele tinha uma dificuldade enorme de lidar com as suas emoções, e em
externalizar os efeitos que o sumiço do pai e os problemas da mãe tiveram nele.
Por isso, estava sempre se envolvendo em confusões.
Já Rose parecia ter sido a pessoa menos
afetada por todos os problemas de sua família. Ela não teve nenhuma sequela do
acidente, é uma boa aluna e se destaca por sua inteligência na escola. Porém, a
necessidade de encontrar o pai se tornou quase uma obsessão. Além disso, seus
conflitos são menos aparentes que de sua mãe e do seu irmão, mas nem por isso são
menos profundos ou dolorosos.
E, com uma família tão carregada de
dramas, me impressionou como a autora conseguiu fazer com que a leitura não se
tornasse pesada demais. Acredito que isso se deve em grande parte ao momento de
que esses personagens são muito reais, que têm bons e mals momentos. Por mais
pesados que sejam nossos problemas, todo mundo tem um momento de descontração,
diversão e leveza. E não é diferente com a família King. Mesmo passando por
tantas situações difíceis, eles são felizes à sua maneira, além de extremamente
unidos.
Isso contribuiu muito para que tornar
esses personagens mais humanos, mais críveis, para mim e também para fazer com
que a leitura não se tornasse excessivamente dramática. Por mais angustiada ou
penalizada que eu me sentisse em muitos momentos, sempre vinha um diálogo
divertido, uma ironia ou um momento fofo para descontrair e deixar a leitura
mais fácil.
Outro ponto que amei é como a autora
conseguiu dar voz aos protagonistas, alternando a narração dos capítulos entre
eles. Meu ponto de vista favorito foi o do Flynn, mas amei ver como cada um
deles tinha um estilo de narração e compreender como isso refletia a personalidade
deles.
Com relação à escrita da autora, eu
confesso que em alguns momentos senti que ela foi um pouco poética demais e
isso deixou a leitura um pouco lenta para mim. Por outro lado, achei que ela
acertou em cheio na construção dos personagens e da trama. Todos eles tiveram
seus conflitos bem explorados e foi interessante ir descobrindo suas camadas
aos poucos.
Preciso destacar também que o livro aborda
temas sérios e muito reais, que trouxeram reflexões e me tocaram profundamente.
Eu realmente não esperava alguns dos assuntos que foram abordados, mas gostei
da forma sensível como a autora conseguiu trabalhá-los. Porém, é importante ressaltar
que, entre outras questões, o livro fala sobre depressão, auto-mutilação,
violência e bullying. Portanto, pode conter gatilhos para algumas pessoas.
Então, é bom estar ciente de que esta não será uma leitura fácil e refletir se
você está realmente em condições de ler.
De um modo geral, O som do nosso coração foi
muito mais do que eu esperava. Com uma família que, a princípio, parecia ser
tão disfuncional e fora dos padrões, Emma Cooper apresentou uma lição de amor, vida,
superação e esperança. Sofri com esses personagens, mas também aprendi com eles
e me encantei com suas jornadas. Ele mostra de diversas formas que a vida não é
fácil, mas que é sempre possível recomeçar e descobrir um novo caminho para a felicidade.
Malu.
ResponderExcluirEu chorei aqui lendo a resenha, Flynn é um menino guerreiro, por ter marcas de acidente e ainda ser vítima de olhares alheios
Achei a história encantadora. Esse livro tem na livraria que eu faço jobs vou ler
Oi, tudo bem?
ExcluirFico feliz de saber que consegui passar a emoção que a leitura me trouxe e que você se emocionou lendo. Espero que você também se encante com esse livro.
Beijos!
Oi. :)
ResponderExcluirTambém sou fã da Carina Rissi e adorei essa dica, pois a premissa do livro me deixou encantada.
Já anotando pra ler em ebook pra ontem, preciso conhecer essa estória.
Amei demais sua resenha, parabéns.
Beijos.
Manuscrito de Cabeceira
Oi, tudo bem?
ExcluirPois é, uma indicação da Carina Rissi a gente sempre escuta né? Espero que você leia mesmo e também ame a leitura.
Beijos!
Oi Maluzinha! Que bacana que esse livro mexeu tanto com voce! Eu sempre imaginei que fosse um romance bobinho e veja só, to totalmente enganada! Fiquei curiosa para saber um pouquinho mais sobre os personagens então vou seguir sua dica e ler assim que possível;
ResponderExcluirOii!
ResponderExcluirQue capa linda!! Eu não conhecia a obra e gostei da resenha, de saber como a obra conseguiu te tocar e o principal que é bem escrito. Também me incomodaria a questão do tom poético na obra, mas ainda assim leria a obra!
Beijinhos,
Ani
www.entrechocolatesemusicas.com.br
Oi, Malu!
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, mas a sinopse já ma ganhou logo no começo e lendo a sua resenha, fiquei mais interessada ainda.
Adoro dramas nesse estilo e ainda com esse diferencial do distúrbio da mãe, tenho certeza que vou gostar.
Já coloquei o livro na minha lista e parabéns pela resenha, está ótima!
Bjsss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2020/08/resenha-casa-das-orquideas-um-role-pelo.html
Olá, tudo bem? Eu tenho esse livro desde que o ganhei na caixinha da Carina, mas quem disse que tive coragem de ler ainda. Pois é, já previa bastante lágrimas soltas e isso tem me feito adiar um pouquinho a leitura haha Adorei saber que ela acabou te surpreendendo, e realmente tem cara de ser muito mais do que aparenta. Ótima resenha e espero poder encaixá-lo nas minhas próximas leituras!
ResponderExcluirBeijos
Antes de tudo, suas fotos estão lindíssimas! Eu tenho vontade de ler esse livro desde quando foi lançado. Confesso que pela capa, também pensaria em algo mais leve, mesmo com algumas emoções, mas vendo sua resenha, já sei o que posso esperar. Adoro quando um livro nos surpreendeu, positivamente, dessa forma. Você só instigou ainda mais minha vontade! Espero conhecer essa história em breve.
ResponderExcluirÉ tão gostoso quando a leitura faz isso com a gente né?!
ResponderExcluirSua resenha ficou maravilhosa e adorei conhecer mais sobre a obra aqui.
Não conhecia então, ja está indo para a minha listinha de leitura com certeza!
Muito obrigado pela dica!
beijinhos!
Oi Malu!
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mas fiquei impressionada com suas palavras em relação ao enredo e muito curiosa para conferir a história, lendo sua resenha deu para perceber a profundidade dos fatos e a intensidade do que a família em geral está passando que ao meu ver não é fácil, coitada da Melody estou com o coração doendo por ela, espero que tenha um final feliz, obrigado pela dica, parabéns pela resenha. Bjs!
Oie, tudo bem? Gente que título mais cativante. Além da edição ser muito linda. Quando li que ela bateu a cabeça já lembrei de Como se fosse a primeira vez. Um dos filmes que assisti o maior número de vezes. Imagina só sempre que ficar nervosa começar a cantar... já imaginei essa cena num filme, seria hilário e muito divertido. Agora o que me deixou mais curiosa é saber se o marido realmente está vivo. Se sim, porque ficou desaparecido durante tanto tempo? Muitas perguntas hein... Gostei muito da indicação. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirOi Malu.
ResponderExcluirEu já tinha visto esse livro por aí, mas nunca tinha pesquisado sobre. Achei incrível a premissa da história, e pelo que você contou o desenrolar promete um pouco de drama que eu particularmente adoro. Uma pena você ter sentido a leitura ir devagar pela poética da autora, algumas vezes isso realmente acontece.
Eu também amei as fotos do seu post, estão lindíssimas <3
Abraço.
A capa do livro me remete aos livros da JOjo Moyes e só por isso, fiquei curiosa. Que bom saber que o livro despertou em você emoções fortes, porque é tudo o que procuro em uma leitura no momento.
ResponderExcluirBeijos
Nossa, parece ser uma história intensa e muito emocionante. Confesso que fiquei bem curioso para saber desse enredo na íntegra. Anotei o nome para ler em breve. Excelente dica.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirNão conhecia esse livro e já fiquei com vontade de conhecer a Emmae saber mais sobre sua vida, a capa é muito linda. O clube do livro da Carina é muito legal, pena q não posso assinar no momento.
Beijos
Olá!!!
ResponderExcluirEu gosto da Carina e ver um livro que é indicação dela e escolhido por ela é porque realmente ele a tocou de uma forma que ela tinha que colocar para os leitores conhecer.
A história traz uma carga dramática muito maravilhosa pelo jeito, adorei saber mais sobre o livro e que capa linda.
lereliterario.blogspot.com