[Resenha] A linguagem dos dragões

 


Hoje vim falar sobre um livro que eu fiquei curiosa desde que foi anunciado no Brasil e que acabou sendo uma das surpresas de 2025: A linguagem dos dragões, da S.F. Williamson. Publicado pela Galera Record, ele é o primeiro volume de uma trilogia.

A premissa dele é perfeita para quem ama fantasia com dragões e tramas cheias de aventura e tensão. Então, é claro que eu corri para ler assim que chegou por aqui e postei a resenha lá no instagram.

Mas eu não poderia deixar de falar dele por aqui também. Então, antes de encerrar o ano, venho contar o que achei de A linguagem dos dragões.


Autora: S. F. Williamson

Tradução: Carlos Cesar da Silva

Editora: Galera Record

Páginas: 420

Exemplar recebido de parceria com a editora

Onde comprar: Amazon

Sinopse: “Alguns sentidos se perdem, outros são criados. Assim é o ofício de traduzir. E Vivien Featherswallow conhece bem o poder das palavras. A mais jovem poliglota em línguas dracônicas tem um futuro brilhante pela frente. No entanto, em menos de vinte e quatro horas, seus pais são acusados de colaborar com a rebelião dos dragões e, ao tentar se desfazer das provas que os incriminam, a garota acaba iniciando uma guerra. Agora, as mesmas línguas que a levaram a esse destino terão de salvar a ela, e ao mundo, do maior combate entre humanos e dragões que já existiu. Mas nesse jogo de corrupção e alianças trocadas, Viv terá que decidir de uma vez por todas em qual lado da guerra está. Nesta incrível releitura de Bletchley Park, descobrimos o poder oculto da linguagem em uma batalha épica de alianças rompidas, romance proibido e guerra civil.”

 

Primeiro volume de uma trilogia, A linguagem dos dragões é ambientado em uma Londres no início do século XX, onde humanos e dragões conviviam sob os limites de um tratado de paz. No entanto, esse tratado está ameaçado com uma rebelião dos dragões ganhando cada vez mais força,

A jovem Vivien Featherswallow sonha em conseguir um estágio estudando línguas dracônicas e não mede esforços para isso. Sendo a mais jovem poliglota nas línguas dos dragões, o futuro que ela tem pela frente está bem encaminhado e parece ser brilhante. No entanto, quando seus pais, seu tio e seu primo são presos acusados de serem aliados dos rebeldes, o mundo dela vira de cabeça para baixo.

Depois de uma série de decisões imprudentes, Vivien acaba, sem querer, com a frágil paz dentro do reino e estoura uma guerra civil. Agora, se quiser salvar sua família, ela precisará usar seu conhecimento em línguas dracônicas e colaborar com o governo. Mas será que garantir a manutenção do Tratado é mesmo o caminho certo?



A autora criou um universo incrível aqui, onde dragões e humanos convivem em meio a muitas tensões. É um mundo permeado por conflitos políticos intensos e com um equilíbrio que se torna cada vez mais frágil. Além disso, há um sistema de magia fascinante envolvendo os dragões e eu amei como a autora abordou esses seres.

Outro ponto alto do livro é a forma como a linguagem e a tradução são abordadas aqui. A autora mostra o poder imenso da linguagem, especialmente o de manipulação, e a complexidade por trás do processo de tradução. Essa é uma parte essencial da história e que foi inserida de forma muito inteligente, tendo um poder determinante na trama. Confesso que foi um dos motivos que mais contribuíram para que eu ficasse fascinada com essa leitura.

Por outro lado, a protagonista testou a minha paciência. Se fosse uma história de terror, a Vivien sem dúvida seria aquela que vai morar em uma casa sinistra no meio do nada. Se tem uma decisão errada pra tomar, ela não pensa duas vezes. Só que apesar disso, eu amei tanto os demais aspectos do livro que eles acabaram superando minha irritação. E a Vivien acorda pra vida no final do livro, o que me deixou mais animada para a continuação.

Além disso, o livro tem um grupo de personagens bem interessantes e que compensaram a minha falta de paciência com a Vivien. Estou bem animada para ver como será o desenvolvimento de todos eles no próximo volume e tenho boas expectativas. E também há um toque de romance na trama que, apesar de ser uma parte bem pequena, tem um ótimo potencial para as continuações.

De um modo geral, A linguagem dos dragões é uma fantasia épica envolvente e fascinante, com uma trama cheia de tensões e surpresas. Mal posso esperar pelo próximo volume!

E vocês, já leram ou ficaram com vontade de ler? Gostam de fantasias que trazem dragões na trama? Me contem nos comentários.


[Resenha] Um destino tatuado em sangue

 


Acredito que todo leitor já passou pela experiência de enrolar para ler um livro e depois ficar se perguntando “por que eu não li esse livro antes?”. Isso já aconteceu comigo algumas vezes e uma delas foi com o livro Um destino tatuado em sangue, da Danielle L. Jensen.

Publicado pela editora Seguinte, ele é o primeiro livro de uma duologia que combina romantasia com mitologia nórdica. E é óbvio que eu me interessei assim que li a sinopse.

Sinceramente, não sei o motivo de ter enrolado para ler. Mas o importante é que eu li e ele acabou se tornando um dos meus favoritos do ano. Então, hoje vim contar um pouco sobre essa experiência.


Autora: Danielle L. Jensen

Tradução: Flávia Souto Maior

Editora: Seguinte

Páginas: 432

Onde comprar: Amazon

Exemplar recebido de parceria com a editora

Sinopse: “Freya passou a vida escondendo a magia que corre em suas veias. Abençoada com uma gota de sangue da deusa Hlin, ela é capaz de criar um escudo mágico que repele qualquer ataque. E, segundo uma profecia, quem controlar o seu destino governará todo o reino de Skaland. Quando uma situação extrema a obriga a revelar seu poder, ela é forçada a se unir ao jarl Snorri, um dos líderes da região. Manipulada por homens durante toda a vida, Freya vai fazer de tudo para tomar as rédeas do próprio futuro. Ela só não contava com a presença enigmática de Bjorn, filho do jarl, que é o único que a enxerga como uma guerreira de verdade, ao mesmo tempo que desperta nela uma atração incontrolável… Se ceder a esse desejo, porém, Freya vai pôr em risco não só o próprio destino, mas a vida de todos que jurou proteger.”


Em Um destino tatuado em sangue temos uma romantasia inspirada na mitologia nórdica. Freya foi abençoada com uma gota de sangue da deusa Hlin, o que lhe deu o poder de criar um escudo mágico que a protege de qualquer ataque. Ela sempre escondeu o poder, mas tudo muda quando se vê obrigada a se unir ao jarl Snorri. Devido a uma profecia, ele acredita que quem controlar Freya conseguirá unir os reinos de Skaland e pretende usá-la para se tornar rei.

Mas Freya está disposta a lutar com todas as suas forças para controlar o próprio destino. Só que a intensa atração que sente por Bjorn, o filho do jarl, pode colocar tudo em perigo.

 

Que fantasia sensacional! Para começar, o universo é fascinante, explorando muito bem a mitologia e inserindo de forma muito natural dentro da trama. Além disso, a autora constrói uma ambientação rica e bem elaborada de uma forma tão intensa que a gente se sente dentro daquele mundo.

Mas a protagonista Feyra é o grande destaque do livro. Ela é forte e determinada, não abaixa a cabeça para ninguém e faz de tudo para criar o próprio destino em um mundo controlado pelos homens. Lógico que ela tem suas fraquezas e vulnerabilidades, o que a torna mais humana, mas ainda é uma guerreira.

E como eu amei a relação dela com o Bjorn! Ele é aquele típico mocinho com humor ácido que eu amo, e as interações entre eles são afiadas e inteligentes. São muitos diálogos cheios de provocações e comentários sarcásticos, mas também com uma química inegável.

A trama é bem desenvolvida, com conflitos sendo trabalhados de forma inteligente, e tem um ritmo intenso do início ao fim. O livro tem muita ação o tempo todo, mas equilibrando com a construção do universo e dos personagens. Já o romance aparece na medida certa, sem ocupar mais espaço que o necessário, e as reviravoltas funcionam muito bem na trama.

Ou seja, Um destino tatuado em sangue entregou tudo que eu espero de uma boa fantasia. Me envolveu e me deixou totalmente instigada para ver mais desse universo e descobrir como os conflitos serão resolvidos. Felizmente, já estou com o segundo aqui e devo ler em breve. Então, fiquem de olho por aqui para não perder os meus comentários. 

E você, já leu ou quer ler Um destino tatuado em sangue? Me conta nos comentários.


[Resenha] Maxton Hall: Salve-se

 


Ano passado, eu fui pega completamente de surpresa e me apaixonei pela série Maxton Hall, disponível no Prime Video. E é lógico que tinha altas expectativas para o livro que inspirou a série, né? E não é que me apaixonei de novo por essa história?

Eu já li a trilogia toda e quero comentar sobre os livros. Então, hoje trouxe as minhas impressões do primeiro volume Maxton Hall: Salve-me.


Autora: Mona Kasten

Editora: Alt

Páginas: 352

Exemplar recebido de parceria com a editora

Onde comprar: Amazon

Sinopse: “Dinheiro, glamour, luxo, poder ― a jovem Ruby Bell não poderia se interessar menos por tudo isso. Seu único desejo é passar despercebida e se formar com honras em Maxton Hall, um dos melhores e mais caros colégios particulares da Inglaterra. Mas quando Ruby acidentalmente descobre um segredo que põe em xeque o futuro de várias pessoas, seu plano de um ensino médio livre de incidentes está ameaçado, principalmente quando o popular capitão do time de lacrosse, James Beaufort, cruza seu caminho. James é irritantemente bonito, mas também arrogante, mimado e milionário e não poupará poder e esforços para proteger as pessoas que ama, mesmo que isso inclua vigiar Ruby para impedir que ela revele o segredo de sua irmã. No entanto, essa proximidade repentina pode despertar sentimentos que nenhum dos dois previa. Salve-me é o primeiro volume da trilogia alemã Maxton Hall, que foi adaptada pelo Amazon Prime Video e se tornou a série de língua não inglesa mais assistidas da história da plataforma. A trilogia Maxton Hall é uma história envolvente sobre amor, autodescoberta, perdão e a luta para não se perder de si mesmo em um mundo em que as aparências são tudo.”

 

Em Maxton Hall, acompanhamos a jovem Ruby Bell. Ela estuda em um dos melhores e mais caros colégios da Inglaterra, Maxton Hall, graças a uma bolsa de estudos. Seus únicos objetivos são se dedicar na escola, passar despercebida pelos colegas ricos e entrar em Oxford.

Mas tudo muda quando ela presencia algo que não deveria e seu caminho acaba cruzando com o do popular James Beaufort. Ele é lindo, rico e mimado, e nunca reparou em Ruby. Mas agora ele está disposto a vigiá‐la de perto para garantir que nunca espalhe o segredo a irmã dele.





Como já dá para perceber, aqui temos um romance com opostos que se atraem e um casal que vai soltar faíscas. E que sabor foi acompanhar esse enemies to lovers! As interações e trocas de farpas entre Ruby e James são excelentes e, assim como na série, eu amei a evolução desse relacionamento. E preciso dizer que o James passando do enemies para o lovers foi a razão do meu colapso. Acontece aos poucos e é muito lindo ver a transformação pela qual esse personagem passa.

Outro ponto que gostei muito é que o livro traz um pouco mais de detalhes sobre as histórias de ambos os protagonistas e traz mais nuances para eles. Então, mesmo que a adaptação tenha sido bem fiel, o livro trouxe mais camadas e uma visão mais completa. Porém, preciso ressaltar que a série conseguiu dar mais intensidade para a química entre a Ruby e o James. Além disso, gostei mais de como alguns personagens secundários foram apresentados na adaptação.

Então, fazendo um comparativo série e livro, achei que os dois formatos se complementaram muito. Pelo menos, em relação à primeira temporada e ao primeiro livro.

Outro ponto positivo é a escrita envolvente da autora. Ela já fisga o leitor nas primeiras páginas e a leitura flui de uma forma que a gente nem sente. Li em pouco tempo e terminei ansiosa por mais.

Então, de um modo geral, Maxton Hall: Salve-me entregou mais do que eu esperava. Fiquei ainda mais apegada à Ruby e ao James e amei ver mais detalhes desse universo que conheci através da adaptação do Prime Video. E, em breve, venho comentar sobre o segundo e o terceiro volumes.

Mas vocês já leram ou assistiram Maxton Hall? Gostam de romances com inimigos que se apaixonam?


[Resenha] Um lance em falso - Vancouver Storm 2


Recentemente, eu estou me apaixonando novamente pelos romances com esporte. E uma autora que tem me conquistado é a Stephanie Archer, desde que li Atrás da Rede no ano passado. Então, estava com altas expectativas para o segundo volume da série: Um lance em falso.

E hoje vim comentar um pouquinho sobre como foi a leitura e se ele atendeu às minhas expectativas. 

 

Autora: Stephanie Archer

Editora: Paralela

Páginas: 400

Exemplar recebido em parceria com a editora

Onde comprar: Amazon

Sinopse: “Hazel Hartley é a fisioterapeuta do Vancouver Storm, o time mais famoso de hóquei do Canadá. Se tem uma lição que ela aprendeu depois de anos convivendo com os atletas é: nunca se envolva com eles. São arrogantes, infiéis e vão acabar te decepcionando. O melhor exemplo é o seu ex-namorado, Connor, que a fez perder a confiança em jogadores para sempre. Quando seu ex volta para o time e ela é obrigada a trabalhar com ele, Hazel encontra um jeito para proteger seus sentimentos: aceitar namorar Rory Miller, o capitão do time. Com a condição importante de que tudo não passe de um teatro. Por mais charmoso, cativante e irresistível que Rory possa parecer, Hazel não tem o menor interesse em sair com ele. Mesmo que seja a única pessoa capaz de fazê-la sorrir em um dia ruim. Mesmo que pareça diferente dos outros jogadores ― e que ela não consiga parar de pensar nele. Mas o que era para ser apenas um namoro de mentira logo se torna algo mais verdadeiro do que Hazel poderia esperar…”



Em Um Lance em Falso, vamos acompanhar o romance entre uma fisioterapeuta e um famoso jogador de hóquei.

Hazel Hartley é fisioterapeuta no famoso time de hóquei Vancouver Storm, mas ela não confia em atletas e definitivamente não se envolve com eles. Só que, quando seu ex-namorado entra para o Vancouver Storm, Hazel acaba se envolvendo em um namoro de mentira com o capitão do time, Rory Miller. Mas essa farsa mostra a ela que, talvez, nem todos os atletas sejam iguais e Rory pode ser totalmente diferente do que ela esperava.


"Esqueço que estamos num bar. Esqueço que isso é de mentira. Quando Rory Miller me beija, esqueço como é ter o coração partido."

Desde o livro anterior, eu já sentia as faíscas entre o Rory e a Hazel e estava ansiosa por conhecer a história deles. E eu não poderia ter amado mais! Ambos são personagens muito cativantes e as interações entre eles são cheias de provocações, mas também muitos momentos de apoio e acolhimento.

O Rory é maravilhoso com a Hazel, protegendo do ex namorado, cuidando de suas inseguranças e apoiando os sonhos dela. Um mocinho completamente rendido e que faz tudo para garantir que ela se sinta segura e amparada. Já a Hazel, apesar de demorar mais a se apaixonar, consegue enxergar as vulnerabilidades que o Rory esconde por trás da fachada arrogante, percebendo a relação tóxica dele com o pai e como isso o afeta.


"Essa aqui é a Hazel de verdade, debaixo de todas aquelas farpas afiadas. Aposto que não deixa ninguém além de Pippa ver essa parte dela. É valiosa e preciosa demais para alguém como eu ter."


E foi esse companheirismo e cuidado um com o outro que tornou o romance mais especial e a relação deles muito bonita de acompanhar. Além disso, gostei muito de como a autora construiu os sentimentos entre eles de forma natural, sem atropelos. Além disso, os dois têm uma química muito forte e que vai aumentando ao longo da trama.

Outro ponto que amei é a relação dos atletas do time, com exceção do ex da Hazel, óbvio. A amizade e o apoio entre eles é um dos aspectos mais cativantes do livro, bem como as brincadeiras e provocações. E terminei a leitura tão apegada a esses atletas que mal concluí e já estava ansiosa pelo próximo volume.

Acho que deu para ver que eu amei Um lance em falso, né? Trata-se de uma leitura deliciosa e apaixonante, perfeita para um dia tranquilo. E mal posso esperar por mais livros da Stephanie Archer, que já está se tornando uma das minhas favoritas.

E vocês, já conheciam Um lance em falso? Gostam de romances com esportes?


Motivos para ler Um toque de escuridão


 

Sempre que eu vejo uma releitura, especialmente de mitos gregos, eu já fico interessada. Por isso, quando soube que a Bloom Brasil iria publicar a série Hades e Perséfone, da Scarlett St. Clair, eu não poderia ter ficado mais empolgada.

A série conta com sete volumes e a editora já trouxe logo os três primeiros para o Brasil: Um toque de escuridão, Um jogo do destino e Um toque de ruína. E, para minha alegria, a Bloom Brasil me enviou os três. Além disso, Um jogo de retaliação já está em pré-venda. Ou seja, não vai dar nem pra sofrer esperando a continuação.

Eu não perdi tempo e já li Um toque de escuridão. Então, hoje vim trazer alguns motivos para ler e minhas expectativas para a série. E não se preocupem que esse post será totalmente livre de spoilers.


Autora: Scarlett St. Clair

Tradução: Renata Broock

Editora: Bloom Brasil

Páginas: 272

Onde comprar: Amazon

Exemplar recebido de parceria com a editora

Sinopse: “Perséfone é a jovem e ingênua Deusa da Primavera, que não tem força suficiente para desenvolver seus poderes. Vivia numa redoma superprotegida pela mãe, a Deusa da Colheita, quando decide se mudar para Nova Atenas, onde espera traçar um novo destino para si, longe dos deuses do Olimpo e de tudo o que eles representam.

Até que, sem saber, Perséfone perde um jogo para Hades, o Senhor dos Mortos, e acaba amarrada a um contrato cujos termos são impossíveis: deve criar vida no Submundo ou será sua prisioneira para sempre. A aposta vai muito além de expor seu fracasso como deusa: tudo o que ela queria era um pouco de liberdade, mas acaba se apaixonando pelo mais perigoso entre os divinos ― e o que essa paixão tem de proibida, tem de cativante.”


Uma releitura instigante de Hades e Perséfone

Mesmo já tendo lido algumas releituras desse mito grego, não senti uma sensação de mais do mesmo. A autora utilizou bem a base já conhecida da história, mas conseguiu construir um universo novo e interessante. Trata-se de uma releitura moderna e que insere temas atuais.

Além disso, a autora consegue mostrar que os personagens possuem características que já conhecemos, mas também têm novas camadas. Isso faz com que seja fácil se interessar por eles e desejar saber conhecê-los cada vez mais.

 


Romance bem construído

A relação do Hades e da Perséfone reúne dois elementos que eu realmente não resisto: inimigos que se apaixonam e romance proibido. E mais do que isso, a autora soube desenvolver bem o relacionamento. Há razões para a raiva que a Perséfone sente dele e as trocas de farpas são divertidas de acompanhar, mas os sentimentos são transformados aos poucos e de forma compreensível. Não é do nada que eles se apaixonam.

Pelo contrário, o romance é slow burn e vai sendo construído a cada interação entre os protagonistas. Isso foi fundamental para que eu torcesse por eles e tornou a leitura muito mais interessante.

 

Trama dinâmica e envolvente

Esse é daqueles livros onde a trama prende desde o início e a gente não consegue largar. A autora adota um ritmo bem dinâmico desde o início, mas sem prejudicar a construção da história. Ela consegue apresentar e fazer o leitor se interessar tanto pelos personagens quanto pelo universo e é isso que deixa a leitura envolvente.

Além disso, apesar de o foco central ser no romance, há espaço para que outros conflitos sejam trabalhados. Em especial, deu para sentir que há muitas intrigas e segredos entre os deuses e fiquei ansiosa para saber como isso será explorado nos próximos livros.

 

Minhas expectativas para a série:

Um toque de escuridão foi uma boa introdução, trazendo um romance que conquista e apresentando um universo interessante. Mas acho que ainda há muito a ser explorado, especialmente nos conflitos entre os deuses. O pouco que vi dos demais deuses nesse primeiro livro foi o suficiente para mostrar que há muitas intrigas no Olimpo, assim como na mitologia grega, e estou curiosa para ver isso se desenvolvendo.

Além disso, acho que a Perséfone ainda tem muito a amadurecer e estou curiosa para saber como a autora pretende aprofundar o romance. E, sem dúvida, quero ver mais do Hades. Estou empolgada para desvendar as camadas desse personagem e entender toda a história dele.

 

Ou seja, deu para perceber que Um toque de escuridão me conquistou e me deixou ainda mais empolgada para continuar a série Hades e Perséfone. Pretendo ler o segundo e o terceiro livro em breve e venho comentar o que achei. Será que minhas expectativas irão se confirmar? Conto para vocês depois que ler.

E vocês, já leram ou querem ler Um toque de escuridão? Gostam de releituras de mitos?


[Resenha] Depois daquele inverno


 

Se tem uma autora que publica um livro e ele imediatamente entra na minha lista de desejados é a Brittainy Cherry. Então, surpreendendo um total de zero pessoas, eu corri para ler Depois daquele inverno – publicado recentemente pela Editora Record – assim que ele chegou aqui.

Não preciso nem dizer que as minhas expectativas eram extremamente altas, como acontece com todos os livros da diva. E hoje vim contar um pouco sobre Depois daquele inverno e se ele atendeu tudo que eu esperava. E já posso adiantar que, se você está em busca de uma leitura emocionante, pode anotar essa indicação.

 

Autora: Brittainy Cherry

Tradução: Carolina Simmer

Editora: Record

Páginas: 378

Onde comprar: Amazon

Exemplar recebido de parceria com a editora

Sinopse: “Starlet Evans é uma jovem exemplar. Suas notas na faculdade são excelentes, ela tem um namorado maravilhoso, e tudo em sua vida está de acordo com o plano de ação traçado para conquistar o futuro que sempre quis – um futuro que sua falecida mãe aprovaria, acredita ela. Até que, no dia do seu aniversário de 21 anos, ela flagra o namorado com outra e o sonho de uma vida perfeita vai por água abaixo.

Para afogar as mágoas e não deixar isso estragar seu aniversário, ela resolve ir a uma festa com uma amiga, que garante que a receita para esquecer um boy lixo é pegar um cara bem gato. E é exatamente isso que Starlet faz. Inclusive, ela nem se importa quando ele se recusa a revelar o nome – e a química que rolou entre os dois foi tamanha que tornou todo o resto dispensável.

Milo Corti está passando por um momento difícil. Faz quase um ano que perdeu a mãe e que o pai se entregou à bebida e à tristeza. O jovem foge da dor e da solidão se jogando nos braços de mulheres aleatórias. Mas com aquela aniversariante foi diferente, e agora ela não sai da sua cabeça. Só que ele tem coisas mais importantes para resolver no momento. Ao que tudo indica, vai ser reprovado no último ano do ensino médio, a menos que sua nova monitora consiga ajudá-lo a melhorar as notas.

É aí que o destino entra em ação e faz esses dois jovens perdidos se encontrarem uma segunda vez. A diferença é que, agora, ambos têm noção de que o envolvimento entre eles é proibido. Mas como resistir à atração que sentem um pelo outro com tantas horas juntos na biblioteca? E se alguém perceber que os dois se conectam num nível além do permitido? Quem dera se esse fosse o único drama na vida deles... Milo e Starlet não imaginavam que, depois do calor em um momento de paixão, viria um inverno tão frio.

 

Em Depois daquele inverno, acompanhamos a história da Starlet e do Milo. Ela perdeu a mãe muito jovem e, desde então, planejou toda sua vida para seguir os passados dela. Mas seu mundo começa a desmoronar quando descobre uma traição do seu namorado no dia do seu aniversário.

Disposta a seguir em frente e não deixar que o ex estrague seu dia, Starlet vai em uma festa onde esbarra com Milo. Os dois têm uma noite de paixão, mas acham que nunca mais vão se ver. Só que o destino faz com que eles se encontrem novamente e em uma situação inteiramente diferente.

Milo está passando por um momento difícil e é provável que não consiga passar de ano. Por isso, precisará da ajuda de uma nova monitora para conseguir a melhorar suas notas. E é assim que ele se encontra novamente com Starlet. Mas agora fica claro que um envolvimento entre eles é totalmente proibido.

 

"Algo nela me parecia familiar — ela era uma desconhecia que meio que me trazia a sensação de lar. Eu não sabia nem que isso era uma possibilidade antes de conhecer Starlet."

 

A princípio confesso que a situação em que a Starlet e o Milo se encontram me deixou incomodada e pensei que não conseguiria me envolver com a história. O primeiro encontro dos dois é um tanto estranho e com diálogos que deixaram a situação toda um pouco forçada. Além disso, tive um incômodo inicial com o fato de ela já estar na faculdade enquanto ele está no Ensino Médio. Porém, consegui relevar o primeiro encontro e a situação dos dois é suavizada pelo fato de que Milo já é maior de idade (19 anos) e Starlet é apenas 2 anos mais velha que ele.

Aos poucos, meu incômodo foi passando e eu fui conquistada pelos protagonistas. Milo e Starlet são personagens muito humanos, com dores profundas e que muitas vezes tomam decisões erradas. Mas foi justamente isso que fez com que eles se tornassem mais reais e me cativassem. Eu sofri com a dor deles e fiquei feliz por ver ambos se redescobrindo e recomeçando.

Em relação ao romance, gostei muito da conexão que os personagens vão criando ao longo do livro e a química entre eles é inegável. Como ressalva, eu gostaria que a autora tivesse dado uma ênfase maior na importância da terapia e não apenas no amor de um pelo outro. Claro que amor é importante, mas o livro traz questões delicadas e que precisam de um apoio psicológico maior. Então, gostaria de um pouco mais de destaque para esse aspecto.

Mas, de um modo geral, Depois daquele inverno é aquele romance carregado de emoção característico da Brittainy Cherry. Não chegou a ser favorito para mim, mas conseguiu me emocionar e me fazer por seus personagens do começo ao fim. Quem ama um romance com muitas emoções, não pode deixar de conferir.

E vocês, já conheciam Depois daquele inverno? Gostam de romances com muita emoção?


[Resenha] Tudo que deixamos inacabado

 


Quando Tudo que deixamos inacabado, da Rebecca Yarros, foi anunciado, o livro foi cercado de expectativas devido ao sucesso de outra obra da autora, Quarta Asa. Porém, confesso que foi justamente esse livro mais famoso que fez a minha empolgação ficar consideravelmente abalada. Tanto que só resolvi ler no final do ano.

E que bom que resolvi dar uma chance. Acontece que, para minha surpresa, Tudo que deixamos inacabado, terminou se tornando um dos meus favoritos de 2024. Entregou tudo que eu esperava e muito mais.

Então, hoje decidi falar um pouco sobre esse livro que foi uma ótima surpresa e explicar o que fez ele se tornar um dos meus queridinhos.


Autora: Rebecca Yarros

Tradução: Alessandra Esteche

Editora: Arqueiro

Páginas: 432

Onde comprar: Amazon

Exemplar recebido de parceria com a editora

Sinopse: “Aos 28 anos, Georgia Stanton é obrigada a recomeçar a vida depois de um doloroso divórcio. Ao voltar para a casa da família no Colorado, ela se vê cara a cara com o autor best-seller Noah Harrison, que está na cidade para fechar um contrato e terminar o último livro da bisavó dela, uma famosa escritora. Ele é tão arrogante em pessoa quanto nas entrevistas, e Georgia não concorda que ele seja a escolha perfeita para essa tarefa.

Noah está no auge da carreira. Não há nada que o “menino de ouro” da ficção não tenha conquistado, mas ele não pode deixar passar batido o que pode ser a melhor obra do século: o romance inacabado de Scarlett Stanton, de quem ele é fã incondicional. Escrever um final adequado para a lendária autora é uma coisa, mas lidar com Georgia, a linda, teimosa e desconfiada bisneta dela, é uma situação bem diferente.

À medida que leem as memórias de Scarlett, tanto no manuscrito quanto nas suas cartas, os dois percebem por que ela nunca acabou o livro, que é baseado no romance real entre ela e um piloto da Segunda Guerra, que não teve final feliz.

Georgia conhece muito bem a infelicidade de um amor que não deu certo e, apesar da química entre ela e Noah, está determinada a aprender com os erros da bisavó, mesmo que isso signifique destruir a carreira do escritor.”

 

Em Tudo que deixamos inacabado, acompanhamos duas histórias de amor que se entrelaçam. Georgia Stanton está em busca de se reerguer após um divórcio traumático e a perda de sua bisavó, Scarlett Stanton. E agora ela tem mais um problema para enfrentar: o livro que sua bisavó nunca terminou será concluído e o autor escolhido para a missão é Noah Harrison, alguém que ela considera totalmente inadequado para a missão.

Mas enquanto eles leem o manuscrito e as cartas de Scarlett, vão conhecer mais detalhes sobre a história da vida dela: um romance com um piloto durante a II Guerra, que teve um desfecho infeliz. Ao mesmo tempo, enquanto trabalham no final do livro, Georgia e Noah estão prestes a viver a própria história de amor. Se ela estiver disposta a arriscar seu coração.



É difícil explicar o quanto amei esse livro. Foram muitas emoções e surpresas ao longo da trama, e o carisma dos personagens fez com que eu me conectasse com eles de uma forma que eu não esperava. Mas o que mais me surpreendeu mesmo é que, apesar de alterar entre passado e presente, ambas as linhas temporais me envolveram e me emocionaram igualmente.

São duas histórias de amor lindas e que se entrelaçaram de uma maneira impecável. Amei acompanhar tanto Georgia e Noah no presente, quanto Scarlett e Jameson no passado. Os quatro são personagens bem construídos, interessantes e muito cativantes, que fazem a gente torcer por eles.

Além disso, a trama foi construída de maneira impecável. A relação entre Georgia e Noah vai se desenrolando aos poucos, e amei como os traumas dela foram trabalhados com cuidado. Ao mesmo tempo, a história da Scarlett com o Jameson é intensa e arrebatadora, de uma forma que é impossível não se emocionar.

Outro ponto que amei é que o livro não aborda apenas o romance, mas também as relações familiares e as marcas que estas deixam em cada pessoa. Há ainda o tema da II Guerra como pano de fundo e gostei que a autora trouxe uma parte do conflito que não encontrei em muitos livros, mostrando especialmente os papéis desempenhados pelas mulheres.

Destaque também para as cartas entre Scarlett e Jameson que aparecem no início de alguns capítulos e tornaram a leitura ainda mais especial. Elas ajudaram a entender os sentimentos deles em diferentes momentos e foram organizadas de uma forma que deu ainda mais emoção para a história.

Mas preciso confessar que, apesar da intensidade das duas histórias e de ter me envolvido com elas desde o início, não estava preparada para a onda de emoções que iria me atingir no final. Meu coração se partiu em vários momentos e, em outros lindos e tocantes, foi como se a autora conseguisse colar os pedaços dele novamente.

Tudo que deixamos inacabado entregou uma montanha-russa de emoções, com duas histórias de amor poderosas e emocionantes, além de reflexões importantes e momentos que tocam o coração do leitor. Terminei a leitura completamente emocionada e apaixonada por esse livro. Sem dúvida, meu favorito da autora até aqui.

E vocês, já conheciam Tudo que deixamos inacabado? Gostam de romances emocionantes?


Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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