Sabem quando a gente começa uma leitura
sem dar nada por ela e quando percebe ela vai conquistando nosso coração a cada
página? Foi exatamente isso que senti quando li As pessoas na Plataforma 5,
da autora Clare Pooley. Eu achei a proposta do livro interessante desde o início,
porém, não imaginava que a história iria me encantar tanto.
Publicado no Brasil pela Editora Verus, As
pessoas na Plataforma 5 acompanha a história de cinco estranhos que sempre
pegam o mesmo trem e não têm nada em comum além disso. Quando um acontecimento
inesperado faz com que eles se conectem, vão perceber que as suposições que
faziam um sobre os outros estavam muito distantes da realidade.
Acompanhar as jornadas de cada um desses
personagens foi uma experiência emocionante, e hoje vim contar um pouco do que
me fez amar tanto essa leitura.
Autora:
Clare Pooley
Tradução:
Cecília Camargo Bartalotti
Editora:
Verus
Páginas:
336
Onde
comprar: Amazon
Exemplar
recebido de parceria com a editora
Sinopse: “Todos os dias, Iona Iverson, uma extrovertida colunista que dá conselhos em uma revista famosa, percorre de trem as dez paradas de Hampton Court a Waterloo acompanhada por sua cachorrinha, Lulu. Todos os dias ela vê as mesmas pessoas, as quais conhece apenas pelo apelido que dá a cada uma delas. Claro, eles nunca conversam. Todo mundo sabe que a regra nº 1 no transporte público de Londres é não conversar com estranhos. Até que, em uma manhã, o homem que ela chama de Surbiton Chique-Mas-Sexista engasga com uma uva bem na sua frente. Ele não morre graças à ajuda de Sanjay, o Suspeitamente Bonzinho de New Malden, que lhe aplica a manobra de Heimlich. Esse único evento inicia uma reação em cadeia, e esse grupo eclético de pessoas sem quase nada em comum ― exceto o trajeto que percorrem toda manhã ― vai descobrir que as suposições que faziam um sobre o outro não chegam nem perto da realidade. Pelo jeito, conversar com estranhos pode ensinar muito sobre o mundo ao seu redor ― e mais ainda sobre você mesmo.”
Em As pessoas na Plataforma 5, Iona
Iverson é uma extrovertida colunista que escreve conselhos para leitoras em uma
revista famosa. Ela pega o mesmo trem todos os dias no mesmo horário e vê sempre
as mesmas pessoas, para quem ela criou apelidos baseados em suas impressões.
Eles nunca conversam, mas ela tem suas teorias sobre cada um. Só que, quando um
incidente conecta todos eles, Iona percebe que as primeiras impressões poderiam
não ser corretas.
O homem elegante e arrogante, pode não ter
uma vida tão maravilhosa assim, e o jovem enfermeiro seguro e atencioso com
seus pacientes também pode estar precisando de ajuda. E, para cada uma das
pessoas que percorrem aquele trajeto, vamos descobrindo conflitos reais por
trás de primeiras impressões enganosas.
Através desses personagens, a autora Clare
Pooley traz questões muito importantes como saúde mental, as consequências do bullying
na vida dos jovens, o etarismo, os perigos de um relacionamento abusivo e as frustrações
com as escolhas que fazemos ao longo da vida. Todos esses temas foram tratados
com a responsabilidade necessária e também com muita sensibilidade.
Com isso, mesmo se tratando de assuntos
difíceis, a autora conseguiu manter a leveza da história. Em nenhum momento
senti a leitura pesada ou sufocante, mesmo me sensibilizando com alguns dos
conflitos retratados. Pelo contrário, foi uma leitura que me trouxe conforto e
aconchego, exatamente o que eu precisava quando li.
Há também uma dose de humor, especialmente
devido à irreverência da Iona, e um toque de romance muito cativante. Mesmo que
seja só um migalha mesmo, amei acompanhar o casal que se formou e torci muito por
eles.
De um modo geral, As pessoas na
Plataforma 5 é um livro reflexivo e ao mesmo tempo aconchegante. Para mim,
veio no momento perfeito e conseguiu me conquistar completamente. E, para quem
quer uma leitura tocante e envolvente é a opção perfeita.
E vocês, já conheciam As pessoas na Plataforma
5? Gostam de livros que tragam conflitos reais?