Oi, pessoal! Como vocês estão? Hoje vim
trazer uma resenha que tem sido muito pedida desde que mostrei o livro nos meus
recebidos no instagram. Vou falar sobre A Canção da Órfã, da Lauren Kate, que
foi lançado recentemente no Brasil pela Editora Record. Para quem não sabe,
este é o primeiro romance adulto da autora, que é conhecida por ter escrito a
série Fallen.
Apesar de não ter lido os livros que a
tornaram famosa, eu amei a premissa desse lançamento e fiquei doida para ler
assim que coloquei os olhos nele. E parece que não fui a única, porque desde
que mostrei no instagram que recebi esse livro, várias pessoas comentaram que
queriam saber o que achei da leitura.
Pois bem, eu terminei e agora chegou a
hora de contar para vocês o que achei do livro. Será que gostei do primeiro
contato com a escrita da autora? Confiram a resenha.
Autora: Lauren Kate
Tradução: Carolina Simmer
Editora: Record
Páginas: 322
Exemplar recebido de parceria com a
editora
Onde comprar: Amazon
Sinopse: “O primeiro romance adulto de Lauren Kate, autora do best-seller Fallen. Veneza, século XVIII. Época em que as pessoas usavam máscaras a maior parte do ano; quando os amantes, em suas gôndolas, erguiam seus disfarces sob pontes para trocar um beijo; quando a música era a maior de todas as artes. Em uma era de excessos, dois órfãos sonham em ter uma família e um lugar que possam chamar de lar. Violetta e Mino vivem no Incuráveis, um hospital convertido em orfanato, cujo conservatório se dedica a ensinar música aos órfãos. A rigidez dentro dos muros do Incuráveis não é capaz de aprisionar o coração da sonhadora Violetta. À medida que a corista cresce, arde dentro dela o anseio de desbravar o mundo que avista apenas do telhado do orfanato. É ali que seu caminho se cruza com o de Mino, um talentoso violinista também sedento por escapar de claustro e viver a vida que lhe foi negada até então. A conexão entre eles é imediata. Uma amizade nasce sem esforço… assim como algo mais.Uma vez do lado de fora dos portões do Incuráveis, e longe do olhar férreo da abadessa, não tarda para que Violetta e Mino descubram que a realidade é bem diferente do que eles imaginavam – e muito mais cruel.”
Ambientado na Veneza do século XVIII, A
canção da órfã conta a história de dois jovens órfãos que compartilhavam o amor
pela música. Violetta é uma das órfãs que habitam o Incuráveis, um antigo
hospital que foi convertido em orfanato. Lá, havia um conservatório voltado
para ensinar música aos órfãos. Mas lá as regras eram estritas: meninos e
meninas viviam completamente separados; as meninas podiam aspirar a entrar para
o coro, mas se isso acontecesse elas não poderiam cantar em público em nenhum
outro lugar que não fosse a Igreja; quando deixassem o coro (para se casar ou
se aposentar) nunca mais poderiam se apresentar em público. Há ainda o fato de
que os passeios por Veneza eram proibidos. Elas só saiam para ir à missa e
acompanhadas da abadessa.
Todas essas regras eram restritas demais
para o espírito livro de Violetta, cujo desejo de cantar para o mundo era tão
grande quanto seu desejo de vê-lo. Ela sonha em caminhar pelas ruas de Veneza e
conhecer as diversões do carnaval. Na sua ânsia de conhecer a cidade, Violetta
começa a subir no telhado para ver as ruas. E é lá que ela conhece Mino, um dos
órfãos dos Incuráveis que ela viu sendo abandona lá alguns anos antes.
Os dois compartilhavam o amor pela música
e o desejo de conhecer o mundo fora dos muros do orfanato. Por anos, eles
trocam confidências e confiam seus sonhos para o futuro. Porém, a vida acaba se
mostrando mais difícil que Violetta e Mino supunham e o destino parece disposto
a separá-los.
O primeiro aspecto que chamou minha
atenção em A canção da órfã (além da
capa linda hehe) foi o fato da história ser ambientada em Veneza, na época dos
grandes carnavais com máscaras. E posso dizer que não me decepcionei nesse
aspecto. A autora conseguiu descrever muito bem os lugares e fez eu me sentir
realmente caminhando pelas ruas da cidade e vivendo aquele clima festivo.
Fiquei fascinada com essa ambientação e, sem dúvida, foi uma das coisas que
mais gostei na leitura.
Com relação aos protagonistas, eu tive
sentimentos conflituosos. No início, eu fiquei muito sensibilizada pela
situação deles e amei o fato da Violetta ter esse espírito tão livre e que
ansiava para ir além das restrições do Incuráveis. Além disso, gostei muito de
vê-los compartilhando o amor pelas músicas e os sonhos de serem livres.
Porém, ao longo do livro as circunstâncias
foram mudando esses personagens e foi difícil me manter apegada a eles. As
situações que o Mino enfrentou foram dolorosas e me deixaram com pena, mas ele
tem muitas atitudes imprudentes e muitas vezes se mostrou dramático demais, o
que me irritou. Mesmo assim, ele ainda foi carismático o suficiente para me
deixar envolvida com sua jornada e me fazer torcer por ele.
Já não posso dizer o mesmo da Violetta.
Com atitudes imaturas e muitas vezes egoístas, não consegui me conectar com
essa personagem e nem sentir simpatia por ela. A forma como ela trata pessoas
que só lhe deram amor, como o Mino e sua amiga Laura, foram difíceis de
engolir. Ao longo do livro, me vi gostando cada vez menos dela e nem no final,
quando ela finalmente dá sinais de ter amadurecido, foi o suficiente para
recuperar minha simpatia.
Com relação aos personagens secundários, não
tiveram muito destaque ou desenvolvimento. Com exceção do cachorrinho do Mino,
que é muito fofo e rouba a cena com facilidade. Há também a Laura, amiga da
Violetta, mas ela fica esquecida em alguns momentos da trama e não teve muito
desenvolvimento. Há outros personagens que surgem ao longo do livro, mas nenhum
foi aprofundado pela autora.
Outro problema na leitura para mim é que
os acontecimentos são todos muito abruptos.
As passagens de tempo foram confusas e as mudanças na vida de Violetta e
Mino pareciam acontecer de uma hora para outra. Muitas vezes parecia que
determinado acontecimento se passava no mesmo dia do anterior e só depois eu
percebia que tinham se passado semanas ou meses entre eles.
Isso acabou prejudicando não só o
desenvolvimento da trama, mas também dos próprios personagens. Com isso tive
dificuldade de me convencer dos sentimentos da Violetta e do Mino e em muitos
momentos seus dramas não me pareceram reais. A vida dos dois parece ter sido
uma sucessão de desencontros e tragédias, mas da forma como a história foi
desenvolvida eu não consegui me emocionar.
O excesso de descrições também me
incomodou bastante. Apesar de terem sido importantes no início, para que o
leitor consiga se ambientar com o clima da Veneza do século XVIII, elas
acabaram se tornando enfadonhas ao longo da leitura. A autora repetiu diversas
vezes as longas descrições sobre o carnaval, as festas e as ruas de Veneza, o
que quebrou muito o ritmo da leitura.
Com relação a trama, achei que a autora
trouxe uma boa história mas faltou um bom desenvolvimento e o grande plot da
trama foi muito previsível. Por outro lado, gostei de ver que tanto Mino quanto
Violetta evoluíram bastante. Preferia que tivesse sido uma evolução gradual,
construída ao longo do livro, mas mesmo assim fiquei feliz por ver o
amadurecimento dos dois.
De um modo geral, A canção da órfã tem uma premissa incrível e que não deixa de ser
uma bonita história de amor. Porém, a autora pecou muito no desenvolvimento da
trama e na construção dos personagens, o que tornou a leitura lenta e não me
comoveu. Terminei com a sensação de que poderia ter sido uma leitura linda e emocionante,
mas acabou sendo um livro que não me marcou. Mesmo assim, já valeu a pena pela
linda ambientação em Veneza.
E, apesar das minhas considerações, recomendo
que leiam e tirem suas próprias conclusões. Assim como a música toca as pessoas
de maneira diferente, os livros também são percebidos por cada um de uma forma.
Por isso, mesmo que eu não tenha gostado muito, pode ser que vocês amem.
Agora, quero saber quem já leu A canção da órfã ou se ficaram curiosos
para ler. Me contem aí nos comentários o que acharam.
Acho que esse foi o primeiro romance de época que eu me interessei em ler!
ResponderExcluirEu já li a série Fallen e gostei muito na época, hoje me dia não sei se leria. Mas gostei muito da premissa desa história e tem cara de ser algo que vá me emocionar muito, acho que vou apostar nessa leitura em breve. Adorei tua resenha!!
Oi, Bianca! Tudo bem?
ExcluirEu não li Fallen, mas confesso que depois desse livro nem quero kkkk. Mas que bom que se interessou pela premissa. Espero que seja uma leitura melhor para você do que foi para mim.
Beijos!
Oi Malu.
ResponderExcluirEu gostei de conhecer um pouco da história através da sua opinião e saber que ela e ambientada na Veneza. Mesmo sabendo das ressalvas que você mencionou, eu vou adicionar na lista de desejados para conhecer a história completamente. Obrigada pela dica.
Bjos
Oi, tudo bem?
ExcluirQue bom que se interessou pelo livro. Espero que seja uma leitura melhor para você do que foi para mim.
Beijos!
Olá
ResponderExcluirAlgo que fui associando com o caminhar da minha vida é que quase todo artista(músico, compositor, ator, atriz, pintor e afins) é que eles são egocêntricos porque a arte parece impor isso e quando vejo a personagem desse livro só associo isso a ela e tirando que a liberdade que alguns acham que é liberdade, é apenas algo que chamo de "imprudência descabida", na qual as pessoas usam para serem inconsequentes e depois afirmarem que estavam "Vivendo".
Beijos
Oiii malu
ResponderExcluirEu ja tive uma decepção gigante com outro livro dessa autora, e a escrita dela parece que sempre me deixa com aquela sensação de que faltou algo sabe? Eu sitno que ela peca mesmo pelo excessod e descrições, uma pena porque torna a leitura chata, ainda mais se a gente não consegue conectar aos personagens, uff aí é um martírio. Apesar de ter uma capa linda, e uma premissa interessante, não era um livro que estivesse na minha lista e pelo que percebi acho que não seria o meu estilo, então esse por enquanto vou deixar passar.
Beijos, Ivy
www.derepentenoultimolivro.com
Oi, Ivy! Tudo bem?
ExcluirEsse foi o primeiro livro que li dela, mas acho que esses problemas que você falou parecem ser mesmo característicos da escrita dela. É bem lenta e descritiva mesmo; para mim, foi uma leitura muito arrastada. Uma pena :/
Beijos!
Olá, tudo bem? Eu estou com esse livro aqui para ler, mas ainda não tomei coragem para começar. Me interessei justamente pela premissa e pelo fato de ter expectativas, e apesar da ressalva quero encarar. Agora só irei esperando uma grande história. Gostei da sua resenha sincera, trazendo pontos positivos e negativos. E ótimas fotos!
ResponderExcluirBeijos
Oi, tudo bem?
ExcluirAh se você tem o livro, acho que vale muito dar uma chance. Não foi uma leitura que deu certo para mim, mas quem sabe você não tem uma opinião diferente né? Espero que goste do livro e fico feliz que tenha gostado da resenha.
Beijos!
Oi, Malu.
ResponderExcluirApesar das suas impressões não terem sido tão boas, ainda estou com vontade de conhecer essa história! Já estou com ele aqui na fila, mas agora vou segurar minhas expectativas!!
beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Uma pena quando criamos uma expectativa enorme com um livro e ele não atende, né? Eu já tinha visto alguns comentários similares e fiquei pensativa sobre a história. Pelo o que você contou, a premissa do livro é realmente boa e diferente, mas infelizmente a autora não soube como desenvolver. Se um dia eu tiver oportunidade, quero ler a obra, mas sem expectativa alguma.
ResponderExcluirBeijos,
Blog PS Amo Leitura
Oi Malu, tudo bem?
ResponderExcluirComo a Fabiana disse acima, é uma pena quando as expectativas são altas com um livro e a execução mostra que não foi bem assim. Até porque a premissa desse livro é uma das mais instigantes que já li até hoje. Pensa: Veneza, Carnaval, órfãos, século XVIII, música. Tem como isso dar errado?
Se a pessoa não souber escrever, dá ERRADO PRA C******. Tenha certeza disso.
Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
http://www.osvampirosportenhos.com.br
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirMeu primeiro contato com a escrita da autora foi com a série Fallen e percebi que teria os mesmos problemas que tive com essa série caso lesse esse livro. Eu não curto esses acontecimentos abruptos que a autora insiste em colocar. Tudo parece corrido demais. Outro ponto é essa questão da protagonista ser egoísta e ser difícil de criar empatia pela mesma.
O único ponto pelo qual eu ainda leria esse livro, seria por esses carnavais mascarados que também chamam muito minha atenção!
Ótima resenha!
Beijos!