Oi, pessoal! Quem me acompanha sabe que
sempre sinto dificuldade em escrever resenhas sobre os livros da Colleen
Hooover. Primeiro porque acredito que quanto menos o leitor souber sobre os
livros dela antes de ler, melhor será a experiência de leitura. Segundo, e mais
importante, porque Colleen Hoover tem um talento especial para despertar um
misto de sentimentos em mim que é sempre difícil de explicar.
Porém, Todas as suas (im)perfeições,
publicado no Brasil esse ano pela Galera Record, conseguiu ser o mais difícil
de todos eles. Para vocês terem uma noção, eu li este livro assim que foi
lançado nos Estados Unidos, no meio do ano passado, e não consegui escrever
sobre ele na época. Agora, depois de ler a edição brasileira, senti que chegou
a hora de parar de enrolar e contar para vocês o que achei da leitura.
No entanto, já aviso que essa resenha vai
ter o mínimo possível de informações sobre a trama. Acho que ir descobrindo aos
poucos a história dos protagonistas é uma parte importante desta leitura e não
pretendo estragar a experiência de vocês. Então, vou focar mesmo nas minhas
impressões sobre a obra.
Autora: Colleen Hoover
Tradução: Adriana Fidalgo
Editora: Galera Record
Páginas: 304
Onde comprar: Amazon
Exemplar recebido de parceria com a
editora
Sinopse: “Uma história de amor perfeita é suficiente para manter vivo o casamento entre duas pessoas imperfeitas? Quando a dança começa, a sincronia é perfeita, os passos seguem o ritmo, as mãos não se soltam, os olhos jamais se deixam. Mas a música pode acabar a qualquer momento... É possível valsar no silêncio? Quinn e Graham se conhecem no pior dia de suas vidas; ela chega mais cedo de uma viagem para surpreender o noivo, ele testemunha a traição da namorada. E é assim que ambos acabam no corredor de um prédio, trocando confidências, biscoitos da sorte e palavras de conforto. Fim da dança... se o destino não tivesse outros planos para os dois. Meses mais tarde, os acordes tocam para o casal mais uma vez e eles se reencontram. Graham está convencido de que são almas gêmeas. Quinn jamais se sentiu dessa forma antes. A intensidade do sentimento os assusta, mas, ainda assim, eles mergulham de cabeça.O casamento é tudo o que sonhavam, a parceria perfeita. Mesmo nos momentos difíceis, sabem que podem contar com o outro. Nenhum deles desiste do amor que sentem. Até que a primeira nota dissonante abala a sinfonia do casal. Quinn parece estar disposta a trocar tudo o que é pela única coisa que não consegue ser: mãe.”
Quinn e Graham se conheceram em
circunstâncias no mínimo inusitadas, porém, quem os conhece sabe que não
poderiam ser mais perfeitos um para o outro. No entanto, após alguns anos de
casamento, o viveram felizes para sempre não é tão fácil quanto imaginavam. Os
dois estão cada dia mais distantes e a falta de comunicação faz com que eles já
não se reconheçam mais.
No entanto, o amor que sentem ainda é
real. Será possível que uma relação com tantos anos de mágoa e sentimentos
aguardados consiga sobreviver? Como Quinn e Graham poderia ainda se amar tanto,
quando estão cada vez mais distantes? Chega um ponto em que eles precisarão
decidir se o que sentem um pelo outro é forte o bastante para superar tudo
isso. Mas, para isso, precisam falar sobre todos os problemas que eles passaram
a fingir que não existiam.
“Se você iluminar apenas suas imperfeições, todas as suas qualidades ficarão na sombra”
Eu sempre falei aqui que a Colleen Hoover
tem um dom para fazer com que os leitores sintam exatamente o que seus
personagens estão sentindo. Por mais que você nunca tenha passado algo similar,
ela tem a capacidade de fazer com que sinta as mesmas emoções que estão sendo
descritas. E, em Todas as suas (im) perfeições acredito que ela atingiu o
ápice. Nada descrito no livro é remotamente próximo da minha realidade e
confesso que boa parte das questões abordadas eu sempre encarei de uma forma
distante e com uma certa indiferença (ou pelo menos, nunca entendi como uma
grande preocupação). Porém, a Colleen mais uma vez fez sua mágica e eu senti a
angústia da Quinn durante toda a leitura, com uma intensidade que eu nunca
tinha sentido antes.
“Nosso casamento não desmoronou. Não ruiu de súbito. Tem sido um processo muito mais lento. Ele vem se desgastando, digamos assim.”
Nas duas vezes que li esse livro, senti
toda a dor daquele casal e me vi olhando as questões abordadas por uma
perspectiva que nunca tinha enxergado antes. Durante toda a leitura fiquei
envolvida pelos sentimentos dos personagens e confesso que esse foi um processo
doloroso. Eu só queria entrar no livro, abraçar a Quinn e o Graham e falar que
que tudo ficaria bem. Porém, os conflitos deles são tão reais que era difícil
acreditar que tudo daria certo. Então, foi realmente angustiante ir vendo as
coisas ficando cada vez piores e não saber como aquilo tudo iria terminar.
Aliás, esse é o grande mérito do livro para
mim: tudo ali é muito real. Estamos acostumados a ver os personagens se
apaixonando, passando por conflitos e casando no final, como se o casamento
fosse mesmo o “felizes para sempre”. Porém, Colleen nos mostra nesse livro o
que vem depois: os planos que não dão certo, os problemas, as crises, as
expectativas que são frustradas... situações que qualquer casal pode enfrentar.
Até as pessoas mais apaixonadas vão passar por crises. E isso é mostrado no
livro de uma forma muito convincente, com conflitos que são reais e muito
humanos.
“No momento, estamos tão cheios de dor que nem sei o que fazer. Não importa o quanto você ame alguém... a força desse amor nada significa se supera sua capacidade de perdoar.”
Grande parte disso se deve aos próprios
protagonistas que são personagens muito críveis e bem construídos. Quinn é uma
mulher cheia de conflitos, inseguranças, mágoas, que erra muito ao longo do
livro. E confesso que é fácil apontar o dedo e julgá-la por seu comportamento.
Mas sua dor é palpável e basta ter empatia para entender suas ações. E eu que,
no comecinho, menosprezei um pouco as questões que ela enfrenta, não demorei a
sofrer junto com ela e perceber a extensão da sua dor.
Já o Graham eu passei boa parte do livro querendo colocar num potinho e proteger do mundo. Porém, ele também é um personagem muito humano e que comete erros. E, gente, ele erra feio mesmo. Mas a situação dos dois é tão complexa, eles se magoam tanto, estão tão perdidos e feridos, que sinceramente não consegui apontar o dedo para ele também. É justificável o que Graham fez? Para mim não. Mas também não é o suficiente para odiá-lo. Ele errou como todo ser humano erra, mas reconhece o que fez, aprende com isso e procura ser alguém melhor.
Por tudo que falei até aqui, acredito que
esse seja o romance que já li que retrata o amor da maneira mais real e
profunda. É sempre bonito ver o amor surgindo e crescendo. Porém, foi muito
mais tocante ver o amor que permanece na adversidade, quando nada é leve ou
fácil. Acompanhar duas pessoas que estão sofrendo, que estão se distanciando,
mas que o amor entre elas ainda é palpável, foi o que mais me emocionou nessa
leitura.
“Mas também vamos ter dias ruins e dias que testarão nossa determinação. É nesses dias que quero que sinta todo o peso de meu amor por você. Prometo que vou amá-la mais durante as tempestades do que vou amá-la nos dias perfeitos.”
Mas não pensem que tudo nesse livro é dor
e sofrimento. Colleen Hoover mais uma vez provou ser uma autora que sabe mexer
com as emoções dos seus leitores, alternando os capítulos entre o passado e o
presente. E, enquanto no presente vemos a relação entre a Quinn e o Graham está
desmoronando, o passado deles é cheio de momentos divertidos e fofos, daqueles
que deixam o leitor com o coração bem quentinho. E isso foi uma ótima sacada da
autora, não só por deixar mais evidente o quão doloroso é distanciamento que o
casal sofreu ao longo do tempo, mas também para permitir ao leitor ter momentos
de alívio de todo o sofrimento dos protagonistas.
Com relação à edição da Galera Record,
achei a tradução impecável. Tendo lido primeiro em inglês, fiquei muito
satisfeita por ver que a tradutora conseguiu captar bem os trocadilhos e as
referências que a autora inseriu. Minha única ressalva é que achei que a capa,
apesar de linda, passa a imagem de uma leitura mais leve e juvenil. Também não
entendi o fato de ter sido publicado pela Galera Record, quando se trata de um
romance voltado para o público mais adulto. Porém, é claro que nada disso tira
o brilho da obra ou diminui o meu amor por esta história.
Só posso dizer que Colleen Hoover mais uma
vez me surpreendeu e me emocional. No que, provavelmente, é um dos retratos
mais bonitos e tocantes do que é amar, Todas as suas (im) perfeições foi uma
leitura que me emocionou, me fez rir, chorar e principalmente ter empatia.
Trata-se de um romance maduro, com momentos muito difíceis, mas que mostra de
uma maneira sensível como é a vida. Nem sempre tudo é como esperamos, todos
temos nossos momentos difíceis; o que importa é não esquecer daqueles que são
realmente perfeitos.
Olá, Malu!
ResponderExcluirEu adorei as fotos e composições, ficaram lindas! Quanto ao livro eu já conhecia por alto, mas não lembro de ler alguma resenha sobre "Todas as suas imperfeições". Acho interessante que o livro não seja composto apenas por momentos de sofrimento e dor como muitos pensam, mas também há espaço para momentos fofos e leves. Fico contente que gostou da leitura.
Abraço!
O que mais me cativou nessa leitura, foi o fato de haver um relacionamento cheio de imperfeições que me levou a pensar que muitas pessoas devem passar por problemas de categoria 5 e chegam a pensar que as vezes a única solução talvez seria o divorcio, mas que consegue de alguma forma ver luz no fim do túnel. Amei o desenvolvimento dessa trama e a forma como conduziu de maneira tão real. Enfim, super recomendo a leitura desse livro a todos.
ResponderExcluirTive pouco contato com o trabalho da autora, mas pelo que conheço a acho uma escritora incrível! As obras da autora, apesar de fictícias, sempre trazem histórias que se aproximam muito da realidade, sempre contendo elementos que fazem com que o autor se identifique. Estou ansiosa por fazer essa leitura, que tem sido muito comentada, e recebeu diversas críticas positivas.
ResponderExcluirOi, Malu!
ResponderExcluirLi esse livro recente e tive uma experiência parecida com a sua. Não pude me identificar 100% com a Quinn, mas entendi seu sofrimento.
Beijos
Balaio de Babados
Olá
ResponderExcluirEu devo ter um coração muito gelado(como uma boa capricorniana haha) para não ser tocada por qualquer livro dessa mulher. Já tentei ler diversos livros dela e nunca ultrapasso a página 100 dessas tentativas infrutíferas.
Beijos
Olá, tudo bem? CoHo sempre nos surpreende, positivamente. Eu tenho um apego enorme as livros dela, e com esse não foi diferente. Li sem saber quais temáticas retrataria, e sai super feliz em ver a forma como o abordou. Adorei a leitura, e ler sua resenha me fez relembrar de quando li. Não tornou meu favorito pois outro volume ainda me toma o coração, mas reconheço que é um dos melhores.
ResponderExcluirBeijos
Oi!
ResponderExcluirTudo bem?
Sempre leio e ouço muitos elogios a respeito das estórias dessa autora, mas confesso que ainda não me senti motivada para ler. Gostei da sua iniciativa de descrever o mínimo possível sobre a trama para que o autor consiga se surpreender. De qualquer maneira a autora está anotada, meta para 2020 ler uma obra dela.
Beijos!
Que resenha maravilhosa! Dá vontade de ir atrás do livro e passá-lo na frente de várias leituras!
ResponderExcluirEu nunca li nada da autora antes, mas tenho dois livros dela aqui em casa, te tanto ouvir falar bem de suas histórias. Em janeiro participarei de uma leitura coletiva de "As mil partes do meu coração" e já estou ansiosa, com muitas expectativas.
"Todas as suas (im) perfeições" parece um livro profundamente tocante, do tipo que me deixará em lágrimas. Só de imaginar a dor desse casal, que se ama tanto, mas passa por tantos obstáculos, tanta mágoa, já sinto uma dorzinha no coração. É bom saber que existem alguns momentos de "alívio", por conta do passado deles. Mas espero que tudo termine bem, que eles fiquem juntos e felizes no fim.
Eu sou aquela que não leu CoHo até hoje. Então não tenho muito o que dizer sobre. Só que tenho amigas apaixonadas e que me fizeram colocar na minha TBR de janeiro o novo dela. Ou seja... Vou estrear com Verity (acho que é esse o título).
ResponderExcluirVamos ver o que acharei da escrita da autora. Torcendo pra gostar muito.
Beijão, e parabéns pela resenha. Acho essa capa muito linda. AMO azul... hahahhaa
Carol, do Coisas de Mineira
Oi, Malu!
ResponderExcluirEu já li algumas resenhas desse livro que falam que foi um dos melhora que ela já escreveu (a capa é linda! rs). No momento, ainda sigo sem ter lido nada da autora, mas cada vez mais eu sinto que perco alguma coisa não tendo lido nada dela. Que coisa, vou me atualizar. rs
bjos
Lucy - Por essas páginas
Eu adorei esse livro, embora ele tenha me feito sofrer... rs Torci tanto pelo casal principal que parecia que eu os conhecia. CoHo é maravilhosa!
ResponderExcluirBeijos
Eu tenho um certo receio com esse livro, seio que a leitura tem momentos que são difíceis de se ler, mas imagino que seja uma obra muito boa. Espero criar coragem para ler em breve
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