Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Onde comprar: Amazon
Sinopse: “Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim. Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois despedaçou suas esperanças? Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?”
Quando o assunto é romance de época, é
praticamente impossível não pensar na autora Julia Quinn. É difícil encontrar
alguém que leia livros desse gênero e nunca tenha se apaixonado por algum dos
romances dela. Por esse motivo, o livro Mais lindo que a lua, lançamento mais
recente da autora no Brasil, estava na minha lista de desejados desde que foi
anunciado pela editora Arqueiro.
Primeiro volume da duologia Irmãs Lyndon, Mais lindo que a lua foi lançado em
janeiro desse ano e prometia ser mais um dos romances apaixonantes da Julia
Quinn. Aliás, a minha expectativa era até maior, pois a sinopse me lembrou
bastante Persuasão, da Jane Austen,
que é um dos meus livros favoritos da vida.
Neste romance, Julia Quinn traz o jovem
casal, Victoria Lyndon e Robert Kemble, que se apaixona à primeira vista e
experimenta toda a magia do primeiro amor. No entanto, ela é a filha do vigário
e ele era o Conde de Macclesfield, o que levou ambas famílias a serem contra a
união. Quando o plano de fuga do dois fracassou, as famílias acabam
interferindo para que a separação fosse definitiva.
Depois de sete anos, os dois haviam
seguido caminhos distintos, mas as mágoas daquela época permaneciam. Victoria acreditava
que ele nunca a amara e que seu único desejo tinha sido de aproveitar de uma
moça pobre. Já Robert tinha certeza que ela era uma interesseira que perdeu o
interesse quando imaginou que ele seria deserdado pelo pai.
Quando o acaso os aproxima novamente,
Victoria e Robert percebem que seus sentimentos não tinham mudado, porém, a
forma como se separaram deixou marcas que nenhum dos dois superou. Uma proposta
nada decorosa de Robert e a recusa de Victoria em nome de sua dignidade levam
os dois a pensarem se os acontecimentos de sete anos antes foram realmente como
eles imaginavam e se mágoas guardadas por tanto tempo poderiam ser superadas.
Uma coisa que chamou minha atenção quando
comecei a ler esse livro é que, normalmente, não gosto de romances em que o
casal se apaixona à primeira vista; prefiro quando isso ocorre de maneira mais
lenta e gradual, permitindo ao leitor entender de onde surgiu o sentimento. No
entanto, a própria Julia Quinn comenta na carta de apresentação que não
acredita em amor à primeira vista, mas que terminou de escrever o primeiro
capítulo já convencida da veracidade dos sentimentos de Victoria e Robert.
“Em minha mente, entendo que a vi pela primeira vez há dez minutos, mas meu coração a conhece desde sempre. E minha alma também.”
Para minha surpresa, tive que concordar
com a autora. A interação dos protagonistas é tão franca e natural que o amor
deles me pareceu real. Terminei de ler os primeiros capítulos totalmente
convencida de que eles estavam de fato apaixonados e fiquei triste quando foram
separados. No entanto, daí para frente o livro apresentou alguns problemas.
Foram dois aspectos principais que me
incomodaram durante a leitura. O primeiro deles foi o próprio casal principal. No
início, eles são jovens e apaixonados, se mostrando cativantes. Porém, com a
passagem dos sete anos, o comportamento dos dois muda muito e não foi para
melhor. A postura arrogante do Robert e sua determinação em infernizar a
protagonista fizeram com que eu tivesse uma dificuldade enorme em simpatizar
com ele. Da metade para frente, esse lado melhorou e eu até consegui me
divertir com ele em alguns momentos, mas ainda não senti aquele encantamento
que normalmente ocorre nos romances de época.
“Não se passava um dia sem que Victoria lhe viesse à cabeça. Sua gargalhada, seus sorrisos. Sua traição. A única coisa que ele nunca poderia perdoar. (...) E ele a queria. Que o Senhor lhe ajudasse, porque ele ainda a queria. Mas também queria vingança. Só não sabia o que queria mais.”
E o que dizer da Victoria? Ao contrário do
Robert, no início eu gostei muito dela. Achei interessante ver que ela
conseguiu sair do domínio do pai e se virar da melhor maneira que pôde, dadas
as dificuldades para as mulheres na época. Além disso, gostei da postura firme
dela frente aos avanços de Robert e a forma como ela colocava sua dignidade
acima do que sentia por ele. No entanto, em um determinado momento do livro a
personagem se perdeu completamente, demonstrando uma insegurança boba e uma
indecisão irritante.
“Parte dela sempre o amaria, mas descobriu uma independência maravilhosa desde que se mudou para Londres. Agora era senhora de si e estava descobrindo que ter controle sobre sua vida era, na verdade, um sentimento inebriante.”
Isso me leva ao segundo problema do livro:
não há nenhum motivo concreto para que Robert e Victoria não fiquem juntos. A
mágoa e as discussões quando eles se reencontram são plausíveis, mas não era
nada que uma boa conversa não resolveria. Além disso, quando os acontecimentos
do passado são esclarecidos tudo que impedia os protagonistas de ficarem juntos
era o fato de Victoria não conseguir tomar uma decisão. Os problemas do casal
poderiam ser solucionados com mais diálogo e uma atitude um pouco mais madura,
especialmente de Victoria. Desse modo a trama me soou muito frágil, pois não
tinha um motivo real para os dois não se entenderem.
No entanto, por incrível que pareça, Mais lindo que a lua não foi nem de
longe uma leitura ruim. Afinal, estamos falando de um livro da Julia Quinn né?
E fiquei impressionada com o fato de que mesmo não tendo gostado dos
personagens e a trama sendo tão frágil, eu me diverti muito durante a leitura.
Isso se deve ao fato de que ela manteve aqui a característica que mais gosto em
seus livros: os diálogos afiados e repletos de ironia. Assim, mesmo o romance
não tendo me cativado, o sendo de humor da autora funcionou muito bem e deixou
a leitura leve e prazerosa.
“Ela significara tudo para ele. Tudo. Ele lhe prometera a lua e estava sendo sincero. Ele a amara tanto que teria dado um jeito de puxar aquela esfera do céu para lhe entregar em uma bandeja, se ela quisesse.”
Outro aspecto que não posso deixar de
mencionar é que o livro tem uma personagem muito carismática e que rouba a cena
nos momentos em que aparece: a Elinor, irmã mais nova da Victoria. Ela é uma
menina muito esperta e totalmente a frente do seu tempo, com uma personalidade
forte e uma incrível habilidade para os negócios. O melhor de tudo é que ela
será a protagonista do próximo livro desta duologia e, por causa dela, estou
bastante animada para conferir essa continuação.
Com relação à edição, a Arqueiro caprichou
mais uma vez. A capa está muito linda e faz todo o sentido com a história. Além
disso, as páginas são amareladas e a fonte está em um ótimo tamanho.
Assim, Mais lindo que a lua não é nem de longe o romance mais marcante da
Julia Quinn, porém, ele ainda funciona para quem procura algo leve e divertido
para ler. Foi uma leitura que fluiu bastante e me proporcionou boas risadas, me
deixando curiosa para ler o segundo livro. É um livro que recomendo para ler
sem expectativas, como um bom passatempo em uma tarde preguiçosa.
E vocês, já leram esse ou outro livro da
Julia Quinn? Me contem aí nos comentários o que acharam e qual o romance de
época favorito de vocês.
Malu, que capa linda é essa!!!
ResponderExcluirPena que não excede as expectativas, mas só de ser uma leitura leve e gostosinha já está valendo, né?
Acho que ia gostar da Victoria, viu, o Robert é tipo um Beneditão? kkkk
Beijocas da Pâm
Blog Interrupted Dreamer
Olá!
ResponderExcluirAcredita que ainda não li nada da Julia? Falta de vontade não é, e sim de money kkkkk Espero conseguir ler algo dela ainda esse ano. Esse livro entrou pra minha listinha assim que lançou. Apesar de alguns pontos que destacou eu também não gostar, algo me diz que vou gostar de qualquer jeito também, então, dica super anotada!
Abraços
Confesso que li bem por cima sua resenha, pois é um livro que eu ainda quero muito ler e to evitando qualquer comentário sobre ele, mas pude ver que lhe agradou com ressalvas mas agradou e isso me deixa animada para a leitura, espero gostar quando ler.
ResponderExcluirBeijos
Quero muito ler algo da JQ e confesso que já li inúmeras resenhas, mas é a primeira vez que vejo alguém dizer que se irritou com um personagem dela. Gosto de resenhas sinceras e espero ler e tirar minhas conclusões e que sejam satisfatórias como a sua.
ResponderExcluirBeijos
https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/
Oi! Que pena que você não gostou do livro :/
ResponderExcluirAcredita que é a primeira vez que vejo alguém falando isso de algum livro da Julie?
Bem cada um com sua opinião ^^
Bjs
Fernanda Reads <3
Olá
ResponderExcluirNão sou muito fã de romance de época,tenho poucos na estante. A minha mãe que ama e estou esperando essw livro chegar, pois sei que ela comprou. É fã da autora,tem quase todos os livros dela...
Gostei do post.
Bjus.
Olá! Menina eu leio tanta coisa sobre a julia Quinn que só aumenta minha vontade de ler um dos livros dela( que por um acaso ja comprei haha) amei a resenha e a forma que voce separou os aspectos que gostou e não, as fotos tambem ficaram lindas.. E fiquei com vontade de ler esse livro tbm só pela Elinor haha
ResponderExcluirBeijos,
Conta-se um Livro
Olá!
ResponderExcluirAhh sou suspeita pra falar!
Amo a JQ e suas histórias. Com um contexto e início um pouco diferente do que estamos habituados mas mesmo assim uma história linda.
Beijos!
Camila de Moraes
Olá, ótima resenha. Eu sou apaixonada por romances de época e pelos livros da Julia, mas estava meio em dúvida sobre esse livro, já que o mocinho parece não ser muito cativante, mas bom saber que mesmo assim foi uma boa leitura.
ResponderExcluirOi tudo bem?
ResponderExcluirEu li o livro recentemente e achei o enredo tão raso que nem parece a Julia.
Achei o casal extremamente insosso, esse tal amor a primeira vista que quebra ao primeiro problema não convenceu e pra terminar o mocinho é um embuste. Não aceita não, é invasivo ao ponto de sequestrar a mulher pra convencer ela a ficar com ele. Curti não, espero que o segundo seja melhor!
Beijooos
Que engraçado, todas as resenhas que li apontam os mesmos aspectos que não agradaram, sinal que dessa vez Julia não se saiu bem, né? Uma pena, sou apaixonada por romances de época mas esse não me chamou a atenção justamente por esses fatores, espero pela continuação pra poder ler em breve!
ResponderExcluirOi Malu, tudo bem?
ResponderExcluirEstá na minha lista! Amo JQ, amo romances de época! Vc não é a primeira a falar que este deixa um pouco a desejar, mas conhecendo a escrita da autora e para ler um romance leve, não tenho duvidas de que lerei! Adorei a resenha!
http://colecionandoromances.blogspot.com.br/
Oi, tudo bem? Faz muitos anos que não leio romances de época, pois realmente enjoei muito deles. Hoje, passo bem longe deles e não me sinto arrependida. Eu não gosto dessas "paixões à primeira vista", especialmente na literatura, porque parece que isso faz um recorte de tempo entre os protagonistas - eu gosto da construção dos sentimentos. Achei os quotes bem clichês, não sou muito fã de sentimentos sendo descritos/narrados com obviedade e com construções já prontas.
ResponderExcluirLove, Nina.
www.ninaeuma.blogspot.com
oi, Malu...
ResponderExcluirentão, já tinha ouvido falar do livro mas não bateu vibe pra ler, nao curto a escrita da Quinn, ainda mais depois de ver umas resenhas sobre essa obra que me deixaram com os dois pés atrás no enredo...
mas enfim, questao de gosto mesmo...
bjs...